23 abril, 2013

(Dia 03) - Odds Ratio para Cecília


Odds ratio  “A razão de chances ou razão de possibilidades (em inglês: odds ratio; abreviatura O.R.) é definida como a razão entre a chance de um evento ocorrer em um grupo e a chance de ocorrer em outro grupo. A razão de chances precisa ser igual ou maior que zero”

Por exemplo, suponhamos que em 30 anos eu tenha conhecido 100 mulheres. Dessa amostra de 100 mulheres, 7 se interessaram por mim. 3 não contam, porque eu não correspondi. Me relacionei seriamente com 4 delas então, cheguei a noivar com a quarta. A chance de alguém se interessar por mim então é 7 para 100. A chance de alguém se interessar e eu corresponder é 4 para 100. A chance de dar certo é 0 para 100, porque nunca dá certo. Com Danúbia até dava, até ela dizer que ou eu tomava tendência ou ela ia embora e aí ela foi.  Tomar tendência não é como tomar chopp. Pra Danúbia, tomar tendência é conquistar o mundo de terno e gravata. E isso é pior do que café frio.
Cecília. Em 20 anos, Cecília conhece muito mais que 100 homens, as redes sociais apontam uns 360 pelo menos. Desses 360, uns 100 ela interagiu bastante.  Dos 100, 50 não houve empatia alguma. Dos 50, uns 30 quiseram ter algo com ela. 12 queriam sexo. 9 ela se apaixonou e não for correspondida. 9 se apaixonaram por ela e 6 desses foram correspondidos em algum momento da vida. 
Cecília tem 20 anos, mas a probabilidade de que alguém se apaixone por ela antes dela abrir a boca é 30 para 100, porque ela é bonita. Depois que ela abre a boca, o número de interessados continua sendo 30, mas a amostra se reduz a metade, porque ela perde contato, porque ela é nômade e não corre atrás dos outros. As chances então parecem que se tornam 30 para 50. Os cálculos indicam então, que a probabilidade de um cara se interessar por ela é maior do que a dela se interessar por ele e que as chances dela corresponder a alguém que já goste dela é maior do que alguém que ela gosta corresponder a ela. Por algum motivo, Cecília tem vários homens querendo ela – e eu já posso me incluir nessa lista – mas ela se interessa inicialmente pelos improváveis, porque Cecília gosta do ridículo e foge do comum.

Resultado do problema:
P(A) = 0,07 (essa é a probabilidade de uma mulher se interessar por mim)
P(B) =  0,6 (essa é a probabilidade de um homem se interessar por Cecília, o que mostra que ela pode ter o homem que quiser na universidade, fora dela, em qualquer lugar terá alguém para se apaixonar por ela)

A razão de chances então é igual a:  0,07/0,6

Cecília me põe no chinelo, quando o assunto é romance. Precisei calcular para ter certeza disso. E segundo os cálculos, nossa probabilidade de dar certo é ínfima.
E eu a desejo assim mesmo, contrariando todos os cálculos do mundo.

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